quinta-feira, março 9

Ardiloso


Afetado e conduzido a mão de ferro

Capote (Capote - USA - 2005)
Dir: Bennett Miller

Sinopse
O escritor Truman Capote pesquisa sobre o assassinato de 4 pessoas em uma pequena cidade do Kansas, o que lhe dá material para um de seus livros mais famosos.

Cuidado
Primeiro longa de Bennet Miller, Capote é um filme que vence o espectador pela montagem precisa, as vezes não muito sutíl, mas funcional para o que o diretor quer: fazer você chorar e acreditar no sentimento de culpa.

Fazendo passagens diretas entre os dramáticos encontros de Trumman Capote (Phillip Seymour Hoffman) e Perry Smith (Clifton Collins Jr.) para as badaladas festas onde o escritor se gaba da grande obra que está por escrever. Na tentativa de falar sobre a realção vida/arte, ou os temas da "vida real" tomados emprestados para roteiros de filme, livros, ou quadros, Miller se perde nos motivos mais superfulos como o apego ao glamour ou a paixão pela tecnicismo (este mostrado pela descoberta da história que é tão emotiva que venderá como água...o mesmo artificio usado pelo nosso dignissímo diretor).

O brilhantismo de Hoffman salva Trumman Capote de uma leitura rasa, quase displicente. A boa noitícia é que esta direção com cabresto funciona de uma maneira quase maestra na cena na qual Capote se despede dos réus. A relação culpa perdão é trazida á superfície com tamanha precisão que é quase palpável. Porque não dizer, edificante, o perdão dos condenados frente a culpa do escritor. Miller nos traz o conforto que Woddy Allen nos recusa.

Mas aquela cartelinha final...por favor, ele bem que podia ter nos poupado daquilo.


*Escrevo como um enfermo febril 1) porque estou enfermo e febril e 2) Porque á partir de amanhã me enterro em cenários e trabalho. Apesar do Impar ter sido abortado este ano (me dói o coração) não posso reclamar. Serei devidamente recompensado*

1 Comments:

Blogger Otávio Pacheco said...

Não gostei tanto deste filme. Me pareceu um pouco forçada a atuação de Hoffman, apesar de alguns momentos de brilhantismo inegável.
Achei o desenvolvimento narrativo um pouco arrastado e estranho.

Mas um fator que me influenciou muito foi também a péssima qualidade da sala de cinema onde vi esse filme. Lá no cine Bristol. Uma sala com sérios problemas de isolamento acústico e iluminação irregular.

segunda-feira, março 20, 2006 10:45:00 AM  

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