domingo, março 19

Papo com o cosmólogo - O começo do tempo/o improvável


baby
"A teoria da realtividade geral não consegue, por si só, explicar essas características ou responder essas perguntas, devido a sua previsão de que o universo começou com densidade infinita na singularidade big bang. Na singularidade, a realtividade geral e todas as outras leis físicas deixariam de operar: não se podia prever o que resultaria da singularidade. Conforme expliquei anteriormente, isso equivale que poderiamos excluir da teoria o big bang - e quasiquer possíveis eventos anteriores a ele - poruqe eles não podem exerecer nenhum efeito sobre o que observamos. O espaço-tempo teria um limite, sim - um início no big bang.

A ciência parece haver trazidoà tona um conjunto de leis que, dentro dos limites estabelecidos pelo princípio da incerteza, nos informa como o universo vai desenvolver-se com o tempo, se conhecermos seu estado em qualquer momento dado. Essas leis podem ter sido decretadas originalmente por Deus, mas parece que , de lá para cá, ele deixou o universo evoluir segundo as mesams e que, hoje, ele não interfere mais no universo. Mas como ele escolheu o estado ou configuração inicial do universo? Quais eram as "condições de contorno" no início do tempo?

Uma resposta posível é dizer que Deus escolheu a configuração inicial do universo por razões que não podemos aspirar a conhecer. Isso com certeza teria sido possível a um ser onipotente, mas, se ele tivesse lançado o universo de maneira tão imcompreensível, por que então optou por deixar que evoluísse segundo leis que somos capazes de compreender? Toda a história da ciência tem sido a percepção gradativa de que os acontecimementos não ocorreram de maneira arbitrária, mas que reflertem uma certa ordem subjacente, que pode ou não ter inspiração divina. Seria apenas natural supor que essa ordem deveria aplicar-se não apenas às leis, mas também às condições no contorno espaço-tempo que especificam o estado inicial do universo. Pode haver muitos modelos do universo, com condições iniciais diferentes, todos os quais obdedeceriam leis. Deve existir algúm princípio que escolhe um estado inicial - logo, um modelo - para representar nosso universo.

Uma possibilidade desse tipo é o que chamamos de condição de contorno caóticas. Estas presupões implicitamente que o universo seja espacialmente infinito ou que exista um número infinito de universos. Sob as condições de contorno caóticas, a probabilidade de encontrar qualquer região específica do espaço em qualquer configuração dada logo após o big bang é igual, em certo sentido, à probabilidade de encontrá-la em qualquer outra configuração: o estado inicial do universo é escolhido puramente a esmo. Isso significaria que o universo primordial provavelmente teria sido muito caótico e irregular, porque há muito mais configurações caóticas e desordenadas do universo do que configurações suaves e ordenadas. (Se cada configuração é igualmente provável, tudo indica que o universo teria começado num estado caótico e desordenado, simplesmente porque há um número tão maior de configurações deste tipo.) É difícil entener como tais condiçõe iniciais caóticas poderiam haver dado lugar a um universo que é tão suave e regular em escala tão grande quanto é o nosso, hoje. Tabém teríamos previsto que as variações de densidade num modelo desse tipo teriam levado à formação de muito mais buracos negros primordiais do que o limite superior que foi estabelecido pelas observações dos raios gama de fundo.

...Não obstante, parece claro que há relativamente poucas gamas de valores para os números que dariam condições para o desenvolvimento de qualquer forma de vida inteligente, A maioria dos conjuntos de valores daria lugar a universos, que embora belos, não conteriam ninguém capaz de maravilhar-se de sua beleza..."

Breve História do tempo - Ilustrada - Setphen Hawking - pg 156-160

*E que cada replicante sinta a consequência de suas escolhas, com dor ou prazer, ou ambos em doses desequilibradas. Quanto a beleza...hyperspcae..a música do dia

*o universo caótico e me salvou hoje...agora a febre sob controle, podia ser trágico.*

4 Comments:

Blogger M__ said...

Doente.

segunda-feira, março 20, 2006 6:40:00 AM  
Blogger Otávio Pacheco said...

Tudo isso é muito absurdo.
Só de pensar que, em outro lugar (o que seria "outro lugar"???) podem existir muitos outros universos.

Só de pensar que somos nada em meio a tudo. Tão pequenos e insignificantes. E que a existência de bilhões infinitos de universos paralelos à existência deste infinitamente gigantesco universo que vivemos é possível, talvez provável, me deixa aterrorizado.

Faria a nossa vida algum sentido?

A nossa existência. Breve existência.

O tempo ter um início também é absurdo. Porque o tempo pode estar correndo em muitos outros lugares, que não sejam este universo.
O nosso tempo depende do ciclo de rotação da Terra em relação ao Sol.
Me pergunto: Qual seria um tempo diferente????
O mundo é tão infinitamente gigantesco que me sinto uma farinha minúscula.

segunda-feira, março 20, 2006 10:35:00 AM  
Blogger M__ said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

terça-feira, março 21, 2006 1:06:00 AM  
Blogger M__ said...

Engana-se querido Ota:

O tempo é uma dobra colada ao espaço. Nosso planeta só corrobora para suas deormidades ao fazer "peso" no plano do espaço..

A nossa existência talvez esteja ligada justamente à possibilidade da compreensão desta dimensão e a angustia de ter uma percepeção "retilinea" e nas nossas barrbas a "possibilidade" de "retorno"..Falando nisso vc saudades de O retorno..

terça-feira, março 21, 2006 1:07:00 AM  

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